quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Currículo, Letramento e Jogos.





INTRODUÇÃO


            Este trabalho tem por objetivo oferecer aos futuros educadores e pedagogos, subsídios para uma reflexão e a discussão de questões que consideramos significativas para o desenvolvimento do letramento e sua utilização como método para ser trabalhado em sala de aula com crianças de 4 a 5 anos de idade. E também mostrar a importância em se trabalhar com o conceito de currículo na Educação Infantil, onde a criança, por ser centro do planejamento curricular, é considerada um sujeito histórico e de direitos.

            No módulo 1, apresentaremos conceito de currículo; mapa conceitual e  apresentação em power-point. No módulo 2, apresentaremos o conceito de letramento; mapa conceitual; apresentação em power-point   e apresentação de um vídeo sobre o letramento, no módulo 3, apresentaremos a parte pratica e no módulo 4, apresentaremos a finalização e a conclusão.


GUIA



            A finalidade deste trabalho é apresentar o conceito de currículo e de letramento. Serve como referência, apresentando aos futuros educadores e pedagogos, a importância do currículo e letramento na educação infantil.

            No Brasil as pessoas não leem, são indivíduos que sabem ler e escrever, mas não praticam essa habilidade e alguns não sabem ao menos preencher um requerimento, isto é falta de letramento.

            Logo este material tem como objetivo responder as seguintes dúvidas:

- Qual a importância do currículo na educação Infantil?

- O que é letramento?



Público Alvo:

            Educadores, alunos do curso de Pedagogia e profissionais de Educação Infantil.

Público Estudado:

            Crianças na faixa etária de 4 e 5 anos de idade, pois nesta fase eles estarão utilizando a linguagem oral (fala) como expressão de sobrevivência (comunicação) e os modos de funcionamento da linguagem escrita como descobertas de novas palavras, novo mundo.

Local de realização

Em sala de aula e cotidiano da criança.


GLOSSÁRIO


Conceito: é aquilo que a mente concebe ou entende: uma ideia ou noção, representação geral e abstracta de uma realidade.

Cotidiano: significa aquilo que é habitual ao ser humano, ou seja, está presente na vivência do dia-a-dia. Cotidiano também pode indicar o tempo no qual se dá a vivência de um ser humano; também pode indicar a relação espaço-temporal na qual se dá essa vivência.

Dicionarizar: Incluir, registrar em dicionário.

Entonação: é a variação da altura utilizada na fala que incide sobre uma palavra ou oração, e não de fonemas ou sílabas. Entonação e ênfase são elementos da prosódia, elemento da Linguística.

Iletrado: é quem não sabe ler ou escrever; quem tem pouco ou nenhum conhecimento sobre literatura.

Indagar: significa investigação, pesquisa.

Letramento: É mais que alfabetizar, é ensinar a ler e a escrever dentro de um contexto onde a escrita e leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno.

Linguística: é o estudo científico da liguagem.

Matiz: se refere a uma gradação sutil, quase imperceptível.

Maturação: é o processo de desenvolvimento dos seres vivos ou suas partes no sentido de tornar o organismo apto para a reprodução.

Semântica: é o estudo do significado.

Subjetividade: é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva  dos grupos e populações.


MATERIAL DE APOIO



BRASIL MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil: Introdução. Brasília: Mec/Sef, 1998.

COLL, C. Psicologia e Currículo: Uma aproximação psicopedagogica a elaboração do C. 5. Ed. São Paulo: Atica, 2000.

COLLINS, J., & Michaels, S. A fala e a escrita: estratégias de discurso e aquisição da alfabetização. Em J. Cook- Gumperz (Org.) A construção social da alfabetização (pp. 242-258). Porto Alegre: Artes Médicas,1991.

CORREA, M. L. G. Letramento e heterogeneidade da escrita no ensino de Língua Portuguesa. Em I. Signorini (Org.) Investigando a relação oral/escrito e as teorias do letramento (pp. 135-166). Campinas: Mercado de Letras, 2001.

DAVIS, Claudia. OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez, 1993.

MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Currículo, cultura e sociedade. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 1997.

OLIVEIRA, Zilma de M. Ramos. A criança e seu desenvolvimento. Perspectiva para se discutir a educação infantil. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

SACRISTAN, J. Gimeno. Poderes instáveis em educação. Tradução de Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artmed, 1999.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2001


MÓDULO 1

è Conceito de Currículo

è Mapa Conceitual

     - Currículo

     - Criança

     - Planejamento Curricular

     - Currículo na LDB 9394/96

è Apresentação em Power-Point  (consta no blog)

     - Algumas reflexões sobre o currículo na educação infantil.


 
Conceito de currículo:
          O conceito de currículo, conforme Sacristán (1999),é a ligação entre a cultura, como por exemplo, a escola e a educação; entre o conhecimento e cultura herdados e a aprendizagem dos alunos; entre a teoria (idéias, suposições e aspirações) e a prática possível, dadas determinadas condições.

            O currículo não surge do nada e sim de uma necessidade social e principalmente econômica e cultural. Portanto, é construído pela sociedade e centralizado e envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos na nossa identidade, na nossa subjetividade.

            O currículo na educação infantil segundo a LDB 9394/96, é assim apresentado:



ð     Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, cientifico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

ð     Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.



                Segundo o Referencia Curricular Nacional para a Educação Infantil, volume 1 (1998), o currículo na Educação Infantil não deve privilegiar apenas conhecimentos de ensinar-aprender, mas ordená-los e  organizá-los. Ele  deve ser flexível e adaptável aos diversos contextos, porém, o currículo serve como conexão entre as escolas e a comunidade, é a base para a formação do conteúdo escolar. Ele não é uma montagem de conhecimentos sem efeitos que aparece nos livros didáticos e nas escolas. E sim, uma produção de conflitos, tensões e compromissos culturais, políticos e econômicos, que são organizados ou não pelas pessoas. A sua construção se deve pelos acontecimentos e as experiências cotidianas da vida, que não são isoladas, são analisadas em relação à dominação e exploração permeadas pela sociedade de modo geral. Por isso, não pode ser considerado algo técnico, neutro e desvinculado da construção social.

            O currículo assume uma função social, é entendido como um percurso a ser trilhado da formação escolar.

            Segundo Oliveira (2010), o currículo busca articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico,científico e tecnológico da sociedade por meio de práticas planejadas e permanentemente avaliadas que estruturam o cotidiano das instituições.A criança, centro do planejamento curricular, é considerada um sujeito histórico e de direitos. Ela se desenvolve nas interações, relações e práticas cotidianas a ela disponibilizadas e por ela estabelecidas com adultos e crianças de diferentes idades nos grupos e contextos culturais, nos quais se insere. A maneira como ela é alimentada, se dorme com barulho ou no silêncio, se outras crianças ou adultos brincam com ela ou se fica mais tempo quietinha, as entonações de voz e contatos corporais que ela reconhece nas pessoas que a tratam, o tipo de roupa que ela usa, os espaços mais abertos ou restritos em que costuma ficar, os objetos que manipula, o modo como conversam com ela, são elementos da história de seu desenvolvimento em uma cultura.A atividade da criança não se limita à passiva incorporação de elementos da cultura, mas ela afirma sua singularidade atribuindo sentidos a sua experiência, através de diferentes linguagens, como meio para seu desenvolvimento em diversos aspectos (afetivos,cognitivos, motores e sociais). Assim, a criança busca compreender o mundo e a si mesma, testando de alguma forma as significações que constrói, modificando-as continuamente em cada interação, seja com outro ser humano, seja com objetos. Em outras palavras, a criança desde pequena não só se apropria de uma cultura, mas o faz de um modo próprio, construindo cultura por sua vez.Outro ponto importante em relação à aprendizagem infantil considera que as habilidades para a criança discriminar cores, memorizar poemas, representar uma paisagem, através de um desenho, consolar um coleguinha que chora etc., não são fruto de maturação orgânica, mas são produzidas nas relações que as crianças estabelecem com o mundo

material e social, mediadas por parceiros diversos, conforme buscam atender suas necessidades no processo de produção de objetos, ideias, valores e  tecnologias. Assim, as experiências vividas no espaço de Educação Infantil devem possibilitar o encontro de explicações pela criança sobre o que ocorre à sua volta e consigo mesma, enquanto desenvolvem formas de sentir, pensar e solucionar problemas. Nesse processo é preciso considerar que as crianças necessitam envolver-se com diferentes linguagens e valorizar o lúdico, as brincadeiras, as culturas infantis. Não se trata assim de transmitir à criança, uma cultura considerada pronta, mas de oferecer condições para ela se apropriar de determinadas aprendizagens que lhe promovem o desenvolvimento e formas de agir, sentir e pensar que são marcantes em um momento histórico. Quando o professor ajuda as crianças a compreender os saberes envolvidos na resolução de certas tarefas,  tais como empilhar blocos, narrar um acontecimento, recontar uma história, fazer um desenho, consolar outra criança que chora, etc...,  são criadas condições para desenvolvimento de habilidades cada vez mais complexas pelas crianças, que têm experiências de aprendizagem e desenvolvimento diferentes de crianças, que têm menos oportunidades de interação e exploração.Face essa visão de criança, o desafio que se coloca para a elaboração curricular e para sua efetivação cotidiana é transcender a prática pedagógica centrada no professor e trabalhar, sobretudo, a sensibilidade deste para uma aproximação real da criança, compreendendo-a do ponto de vista dela, e não da do adulto.

            O impacto das práticas educacionais no desenvolvimento das crianças se faz por meio das relações sociais que as crianças desde bem pequenas estabelecem com os professores e as outras crianças e que afetam a construção de suas identidades. Em função disso, a preocupação básica do professor deve garantir às crianças, oportunidades de interação com companheiros de idade dado que elas aprendem coisas que lhes são muito significativas quando interagem com companheiros da infância e que são diversas das coisas que elas se apropriam no contato com os adultos ou com crianças já mais velhas. À medida que o grupo de crianças interage, são construídas as culturas infantis. Além de reconhecer o valor das interações das crianças com outras crianças e comparceiros adultos, e a importância de se olhar para as práticas culturais em que as crianças se envolvem, as DCNEIs ainda destacam a brincadeira como atividade privilegiada na promoção do desenvolvimento  nesta fase da vida humana. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e construir o novo, conforme ela reconstrói o cenário necessário para que sua fantasia se aproxime ou se distancie da realidade vivida, assumindo personagens e transformando objetos pelo uso que deles faz. Na brincadeira de faz-de-conta se produz um tipo de comunicação rica em matizes e que possibilita às crianças indagar sobre o mundo a sobre si mesma e por à prova seus conhecimentos no uso interativo de objetos e conversações. Através das brincadeiras e outras atividades cotidianas que ocorrem nas instituições de Educação infantil, a criança aprende a assumir papéis diferentes e, ao se colocar no lugar do outro, aprende a coordenar seu comportamento com os de seus parceiros e a desenvolver habilidades variadas, construindo sua identidade. O campo de aprendizagens que as crianças podem realizar na Educação Infantil é muito grande. Finalmente, considerar as crianças concretas no planejamento curricular das instituições de Educação infantil significa também compreender seus grupos culturais, em particularsuas famílias.


MÓDULO 2


è Conceito de Letramento

è Mapa Conceitual

     - Letramento

è Apresentação em Power-Point   (consta no blog)

è Apresentação de vídeo sobre letramento  (consta no  blog)



CONCEITO DE LETRAMENTO


Letramento é uma palavra recém chegada ao vocabulário da Educação e das Ciências Lingüísticas. É uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Novas palavras são criadas (ou a velhas palavras dá-se um novo sentido) quando emergem novos fatos, novas idéias, novas maneiras de compreender os fenômenos. Se a palavra letramento nos causa estranheza, uma vez que é não é muito antiga, outras do mesmo campo semântico sempre nos foram familiares como analfabetismo, analfabeto, alfabetizar, alfabetização, alfabetizado e mesmo letrado e iletrado. (Soares, Magda ,2003).

Meados dos anos de 1980 que se dá, simultaneamente, a invenção do letramento no Brasil, do illettrisme, na França, da literacia, em Portugal, para nomear fenômenos distintos daquele denominado alfabetização, alphabétisation. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, embora a palavra literacy já estivesse dicionarizada desde o final do século XIX, foi também nos anos de 1980 que o fenômeno que ela nomeia, distinto daquele que em língua inglesa se conhece como reading instruction, beginning literacy tornou-se foco de atenção e de discussão nas áreas da educação e da linguagem, o que se evidencia no grande número de artigos e livros voltados para o tema, publicados, a partir desse momento, nesses países, e se operacionalizou nos vários programas, neles desenvolvidos, de avaliação do nível de competências de leitura e de escrita da população. (Soares, Magda ,2003).

O termo “letramento” surgiu com uma concepção diferenciada do termo “alfabetização”. Tradicionalmente, em nossa sociedade, a escola alfabetiza sem a preocupação de ensinar a ler e a escrever a partir das práticas cotidianas dos alunos. Ela propõe práticas pedagógicas, particularmente em relação ao ensino da Língua Portuguesa, que trabalham com a idéia do universo letrado, considerando a escrita por si só, enquanto representação gráfica (Corrêa, 2001).

É fato que a aprendizagem do código escrito é importante para o desenvolvimento das práticas de leitura e de escrita no cotidiano. No entanto, pode-se aprender a ler e a escrever a partir das práticas sociais, como propõem os novos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ler e escrever devem ser práticas de letramento presentes no cotidiano escolar, desenvolvidas através de um processo contínuo dos usos sociais e culturais da leitura e da escrita. Assim, o aprendizado deixa de ser considerado como uma simples transferência de conhecimentos do professor para o aluno: ele é mediado através de processos interativos e a ocorrência desse aprendizado depende do modo como uma atividade é estruturada, da quantidade de contato, prática e instrução proporcionados ao aluno e da qualidade desse contato (Collins & Michaels, 1991).


MÓDULO 3



è Jogos e Brincadeiras (parte prática)


            Explicação: Através de várias figuras em forma de E.V.A., por exemplo: casa, árvore, animais etc. uma criança de 5 anos irá montar uma história e depois explicar do que se trata, vai contar da sua maneira, mostrando desta forma sua vivência no mundo letrado.

Material:  Figuras em E.V.A.
  

MÓDULO 4

è Finalização

è Conclusão



FINALIZAÇÃO



            A questão abordada neste trabalho sobre currículo e letramento é amplo e questionador devido às  mudanças no mundo educacional e da sociedade.

            Cabe ao educador saber trabalhar este contexto de forma consciente de que o currículo não é imutável, mas sim sofre alterações do meio.


CONCLUSÃO


            Concluímos com este trabalho que jamais devemos esquecer de questionar e compreender o  currículo, pois ele é construído pela própria sociedade, que esta em mudança constante, e a medida em que esta sociedade vai mudando, o conceito de currículo vai mudando também.

            A  criança por ser um sujeito histórico e de direitos, faz parte do centro de planejamento curricular, que vai  mudando conforme a  sociedade em que vive.

            Também concluímos que o letramento é um assunto muito amplo, de certa forma acabamos aprendendo muito sobre o assunto, pois no Brasil realmente os conceitos de letramento e alfabetização se mesclam e acabam confundindo as pessoas.

            Não existe uma política para erradicar o letramento, a preocupação maior é com o analfabetismo,  falta iniciativa por parte do poder público e da sociedade no geral.